
Não poderia fingir, porque sabia que não era natural. Acreditava em conservação das espécies, apenas nisso. Teorias de atração somente para reprodução, um sentimento tão banal quanto qualquer outro programa de televisão no domingo. Mas no fim, custou a acreditar que o foco de seu dia tinha acontecido em função daquele homem. Nem ao menos sabia quem era e seu pensamento científico apontava para ‘GRANDE PERIGO’ quando pensava que poderia estar perdida em seu próprio sistema nervoso. Quando tomou conta de si mesma, decidiu voltar para casa, sentia seu corpo dolorido e o vento fazia seus olhos derramarem lágrimas involuntárias. Não conseguia sentir seus pés e seus braços tomaram forma ao se cruzar em torno de seu tórax, procurando o calor humano que lhe faltava.