Era como se fosse invisível. Sentada na frente de sua casa em uma manhã, sentia-se como se não estivesse ali. Quem a via não imaginava que dia era aquele, que hora significativa era aquela e quão era especial à ela sentir o vento gelado da manhã batendo no rosto, queimando devagarinho, como um sopro leve. O caminho de pedras indicava o portão que, por sua vez, a levava pelas Avenidas frias e quentes ao mesmo tempo, pintando contradições simpáticas no seu rosto fino e exótico. Mas o vento foi ficando mais e mais gelado... E então voltou para casa, trancou a porta e sentou no sofá. Lá estava de novo, sozinha... Sem a companhia tão desejada dos desconhecidos de Londres.